terça-feira, 20 de novembro de 2007

O maior invento do mundo

Moinho gira o engenho
Soturno
Cá não há o que eu não possa
Eu posso
Direito à sesta eu tenho
Não durmo
Desde que limpa a fossa
Eu faço

Descanso não mereço
Nem peço
Cava a pá, levanta o pó
Grita o pé
Reclamo, estremeço
Tropeço
Agradeço, não sou só
Tenho a Sé

Afundo em mar salgado
Não choro
Suor o corpo chora
Orvalho
Não peça amor, amado
Imploro
Sou senhora sem hora
Trabalho

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