As canções cantarei todas
Se elas cantarem a ti.
Canto o teu nome se vences
Pois para aqueles que perdem
Canções seus nomes não têm.
Inebriar-me-ei sempre
Com hidromel das vitórias
Sobre os que perdem, tão minhas,
Se com hidromel se faz
Um verdadeiro poeta.
E amanhã, quando a ressaca
Conosco não estiver,
Lembra-te que os louros de ontem
Desta coroa secaram.
E caso não venças hoje
O teu nome não será
Por qualquer canção lembrado.
Eterno assim seguirá,
Contudo, aquele que vence
Sem ter derrotado alguém
Que não somente a si mesmo.
Esquece-te da injustiça;
O problema é da memória
Que de nossa morte esquece:
É tanto aquele que vence
Quanto aquele que é vencido,
No fim das contas, pois, findos
São ambos e muito pouco
Resta, senão tal fascínio
Pelas eternas batatas.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Sentes o que sinto?
Essa vontade sem fim
De abraçar-te enternamente...
Como se eu fosse, assim,
Viver só.. na tua mente.
Quero que olhes para mim
Como quem ama e não mente,
E me tire um beijo, enfim...
Mesmo que mil vezes tente!!
Morda minha boca e nuca,
Minh'alma e corpo, vem!
Me devore toda e nua,
E mostre-me o amor que tens.
E quando eu for toda tua,
Serei louca também!!
De abraçar-te enternamente...
Como se eu fosse, assim,
Viver só.. na tua mente.
Quero que olhes para mim
Como quem ama e não mente,
E me tire um beijo, enfim...
Mesmo que mil vezes tente!!
Morda minha boca e nuca,
Minh'alma e corpo, vem!
Me devore toda e nua,
E mostre-me o amor que tens.
E quando eu for toda tua,
Serei louca também!!
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Pacote de um Janeiro Chuvoso
I
Não quero,
não quero
e posso...
Será?
Quanto aguenta
mente cançada,
alma enlouquecida
mais e mais
de lições de vida?
Minha lição
o silêncio,
-logo eu,
que sempre
mastiguei
a boa música!
(15/ 01/ 08)
II
(Um pedido de desculpas...)
A última borboleta
pousou em meu ombro
só.
Se foi ela,
me fiquei silêncio,
chegou o grito (
só meu da
borboleta que
se foi).
Quisera eu
houvesse
só sol,
e colorido
esfumaçado
para ouvir
pulo estridente
do meu chorar
amordaçado.
Das dores
que não tive
fiz maré,
das que tive:
já disse, Silêncio.
Se foi em bater
de asas
minha voz,
a última nota
ouvido inocente
afogou.
E agora
que me volto
a mim,
outro amarelo
voar vejo
a mim chegar.
Desculpas rasgadas,
quase nova canção,
e vi de sol
e impensada
impossível essa canção
que concreto
se fez o colorido
esfumaçado,
sorriso enfim
encontrado.
(10/ 01/ 08)
III
Eu não sei,
qualquer coisa
sentir,
qualquer vôo
me esconder,
qualquer abrigo
me acalmar.
Eu minto
resignação,
eu minto
que por mim
mesma me basto
a noite acomodada
à mercê de paixões
que se passam
em risos
de um gole amargo
de cerveja.
Eu não sei
se do que digo
entendo
a cor,
se do que mendigo
recebo mais
que pés
quebrados
de pássaros
embriagados.
Mas me guardo a mim
as saudades
que não atenderei,
me guardo a mim
a falta,
a fuga (involuntária?)
do me chamei céu.
(19/ 01/ 08)
[Alguém (e alguém lê isso, fora talvez um ou outro amigo de colégio, que também tenha a mania de transpirar versinhos a cada "sopro de vida"?) teve a pachorra de contar os "me"s e "mim"s?
Não deveria sentir vergonha, mas acho que seria bem mais útil que falasse menos de mim mesma. (Podem contar o último também!]
Não quero,
não quero
e posso...
Será?
Quanto aguenta
mente cançada,
alma enlouquecida
mais e mais
de lições de vida?
Minha lição
o silêncio,
-logo eu,
que sempre
mastiguei
a boa música!
(15/ 01/ 08)
II
(Um pedido de desculpas...)
A última borboleta
pousou em meu ombro
só.
Se foi ela,
me fiquei silêncio,
chegou o grito (
só meu da
borboleta que
se foi).
Quisera eu
houvesse
só sol,
e colorido
esfumaçado
para ouvir
pulo estridente
do meu chorar
amordaçado.
Das dores
que não tive
fiz maré,
das que tive:
já disse, Silêncio.
Se foi em bater
de asas
minha voz,
a última nota
ouvido inocente
afogou.
E agora
que me volto
a mim,
outro amarelo
voar vejo
a mim chegar.
Desculpas rasgadas,
quase nova canção,
e vi de sol
e impensada
impossível essa canção
que concreto
se fez o colorido
esfumaçado,
sorriso enfim
encontrado.
(10/ 01/ 08)
III
Eu não sei,
qualquer coisa
sentir,
qualquer vôo
me esconder,
qualquer abrigo
me acalmar.
Eu minto
resignação,
eu minto
que por mim
mesma me basto
a noite acomodada
à mercê de paixões
que se passam
em risos
de um gole amargo
de cerveja.
Eu não sei
se do que digo
entendo
a cor,
se do que mendigo
recebo mais
que pés
quebrados
de pássaros
embriagados.
Mas me guardo a mim
as saudades
que não atenderei,
me guardo a mim
a falta,
a fuga (involuntária?)
do me chamei céu.
(19/ 01/ 08)
[Alguém (e alguém lê isso, fora talvez um ou outro amigo de colégio, que também tenha a mania de transpirar versinhos a cada "sopro de vida"?) teve a pachorra de contar os "me"s e "mim"s?
Não deveria sentir vergonha, mas acho que seria bem mais útil que falasse menos de mim mesma. (Podem contar o último também!]
domingo, 3 de fevereiro de 2008
Não só aos Românticos
Dos Românticos
aos românticos
dou meu último xingo.
A chaga pulsa,
perfurante sentir
feminino.
Sente malícia
de ser entre curvas,
aos olhos
masculinos.
Mas o que dói
na alma repartida
é o sonho esbranquiçado,
de mãos e corpos
entrelaçados,
na combinação
que de amor
chamam os loucos.
Dos Românticos
aos românticos,
peço que parem!
( - lágrimas em olhos
de Mulher -
não mais há tempo
para donzelas,
e nunca antes
foi o tempo
só delas!
Há descanso
em filmes azuis
cinema cor encanto
- mentira! -
tonalidade bebê.)
Aos Românticos
digo:
No rebolado
dos quadris
- ingênuos! -,
há uma gota,
triste e escondida
no sal da alma.
[correção - um erro de ortografia crasso: minha especialidade!]
aos românticos
dou meu último xingo.
A chaga pulsa,
perfurante sentir
feminino.
Sente malícia
de ser entre curvas,
aos olhos
masculinos.
Mas o que dói
na alma repartida
é o sonho esbranquiçado,
de mãos e corpos
entrelaçados,
na combinação
que de amor
chamam os loucos.
Dos Românticos
aos românticos,
peço que parem!
( - lágrimas em olhos
de Mulher -
não mais há tempo
para donzelas,
e nunca antes
foi o tempo
só delas!
Há descanso
em filmes azuis
cinema cor encanto
- mentira! -
tonalidade bebê.)
Aos Românticos
digo:
No rebolado
dos quadris
- ingênuos! -,
há uma gota,
triste e escondida
no sal da alma.
[correção - um erro de ortografia crasso: minha especialidade!]
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Haikais
Haikai para ler poesia
Livro de poesias é um ano
Incrustado na impossibilidade
De viver tudo de uma única vez.
Haikai da (in)definição
Um ser humano vai ser
Multiplicação do zero
Pelo infinito, nem sempre.
Livro de poesias é um ano
Incrustado na impossibilidade
De viver tudo de uma única vez.
Haikai da (in)definição
Um ser humano vai ser
Multiplicação do zero
Pelo infinito, nem sempre.
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