I
Não quero,
não quero
e posso...
Será?
Quanto aguenta
mente cançada,
alma enlouquecida
mais e mais
de lições de vida?
Minha lição
o silêncio,
-logo eu,
que sempre
mastiguei
a boa música!
(15/ 01/ 08)
II
(Um pedido de desculpas...)
A última borboleta
pousou em meu ombro
só.
Se foi ela,
me fiquei silêncio,
chegou o grito (
só meu da
borboleta que
se foi).
Quisera eu
houvesse
só sol,
e colorido
esfumaçado
para ouvir
pulo estridente
do meu chorar
amordaçado.
Das dores
que não tive
fiz maré,
das que tive:
já disse, Silêncio.
Se foi em bater
de asas
minha voz,
a última nota
ouvido inocente
afogou.
E agora
que me volto
a mim,
outro amarelo
voar vejo
a mim chegar.
Desculpas rasgadas,
quase nova canção,
e vi de sol
e impensada
impossível essa canção
que concreto
se fez o colorido
esfumaçado,
sorriso enfim
encontrado.
(10/ 01/ 08)
III
Eu não sei,
qualquer coisa
sentir,
qualquer vôo
me esconder,
qualquer abrigo
me acalmar.
Eu minto
resignação,
eu minto
que por mim
mesma me basto
a noite acomodada
à mercê de paixões
que se passam
em risos
de um gole amargo
de cerveja.
Eu não sei
se do que digo
entendo
a cor,
se do que mendigo
recebo mais
que pés
quebrados
de pássaros
embriagados.
Mas me guardo a mim
as saudades
que não atenderei,
me guardo a mim
a falta,
a fuga (involuntária?)
do me chamei céu.
(19/ 01/ 08)
[Alguém (e alguém lê isso, fora talvez um ou outro amigo de colégio, que também tenha a mania de transpirar versinhos a cada "sopro de vida"?) teve a pachorra de contar os "me"s e "mim"s?
Não deveria sentir vergonha, mas acho que seria bem mais útil que falasse menos de mim mesma. (Podem contar o último também!]
Não quero,
não quero
e posso...
Será?
Quanto aguenta
mente cançada,
alma enlouquecida
mais e mais
de lições de vida?
Minha lição
o silêncio,
-logo eu,
que sempre
mastiguei
a boa música!
(15/ 01/ 08)
II
(Um pedido de desculpas...)
A última borboleta
pousou em meu ombro
só.
Se foi ela,
me fiquei silêncio,
chegou o grito (
só meu da
borboleta que
se foi).
Quisera eu
houvesse
só sol,
e colorido
esfumaçado
para ouvir
pulo estridente
do meu chorar
amordaçado.
Das dores
que não tive
fiz maré,
das que tive:
já disse, Silêncio.
Se foi em bater
de asas
minha voz,
a última nota
ouvido inocente
afogou.
E agora
que me volto
a mim,
outro amarelo
voar vejo
a mim chegar.
Desculpas rasgadas,
quase nova canção,
e vi de sol
e impensada
impossível essa canção
que concreto
se fez o colorido
esfumaçado,
sorriso enfim
encontrado.
(10/ 01/ 08)
III
Eu não sei,
qualquer coisa
sentir,
qualquer vôo
me esconder,
qualquer abrigo
me acalmar.
Eu minto
resignação,
eu minto
que por mim
mesma me basto
a noite acomodada
à mercê de paixões
que se passam
em risos
de um gole amargo
de cerveja.
Eu não sei
se do que digo
entendo
a cor,
se do que mendigo
recebo mais
que pés
quebrados
de pássaros
embriagados.
Mas me guardo a mim
as saudades
que não atenderei,
me guardo a mim
a falta,
a fuga (involuntária?)
do me chamei céu.
(19/ 01/ 08)
[Alguém (e alguém lê isso, fora talvez um ou outro amigo de colégio, que também tenha a mania de transpirar versinhos a cada "sopro de vida"?) teve a pachorra de contar os "me"s e "mim"s?
Não deveria sentir vergonha, mas acho que seria bem mais útil que falasse menos de mim mesma. (Podem contar o último também!]
Um comentário:
Gostei da cena da borboleta... bravo!
Não há no fim muito do que se falar a não ser de nós mesmos... lembra aquela canção dos Beatles, "I Me Mine"? No fundo, that's all. Mas com arte...
Desculpe, "Pétala", se meus comentários são meio estranhos aqui já que ninguém me conhece, mas fui indicada por um dos colaboradores a ver este blog de vocês, e gostei do que vi.
Abraço.
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