O sotaque vazio
É o maior dos milhões
Baldios transeuntes:
Os terrenos.
Beleza não há,
Nem orgulho pra ter
De viver monossílabo,
Todos pretos ou brancos.
Já o rio falecido deixou
A chuva viúva que segue
Chorando sobre muitos
Noés sem arcas.
As artérias caóticas,
No muito, entupidas,
Convulsivamente
Enfartam.
E em dias de abundantes
Horas de menos
É impossível ser feliz
Sob um céu sem estrelas.
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Um comentário:
Horas de vadiagem sufocante, sem estrelas, no vazio, na surdez das horas... senti isso já muitas vezes.
Boa sacada, esse poema!
abs
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