Já que meus colegas resolveram voltar a dar as caras por aqui, resolvi também dar uma aparecida - depois de um longuíssimo tempo sem postar nada.
Em 2010 tive a correria, que não foi pouca, como desculpa pelo sumiço. Não me lembro de ter escrito uma única crônica que prestasse. Poemas? Acho que lá uma meia dúzia, talvez. Mas tudo bem meia boca, para falar a verdade.
Não que a inspiração tenha baixado agora, e eu tenha escrito alguma coisa brilhante. (NOT!) Não é esse o caso. Mas, enfim, para não enferrujar de vez (já que estou morrendo de medo de não conseguir escrever mais), vamos lá:
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Produto Orgânico
Eu digo
à calma
o bom do dia
que não se preocupa
por onde trombar
no trânsito
de almas
de tombos ao chão
aspereza
de rir
agre doce
sorriso
colhi
pétalas
que me joga
poeta
do asfalto
farto
de todo dia
tropeçar
em pressa.
No que se deve
ser
mais rápido
adiante
- Apressa!
- trombar a perfeição
inventada
de pétala de naylon.
Desiludir sintética
a fibra esgarçada,
a minha gargalhada
(tenta)disfarçada,
(chora) desgraçada,
mais adiante
se cala
(acomodada).
Noutro dia
na calma se tropeça
quem sabe
se não em flor inteira
d'uma verdade
que se arremessa
em verde confessado,
descanso d'alma
que verso abraça?
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
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