Para minha amada,
na vida ou na morte.
Um presente divino de seda mui fina
Por mulher consagrada, tecida e bordada
E no ventre gerada, dos vivos é sina
Sem sentido, vos digo na falta da amada.
Ao contrário da vida, desgraça de morte
Para longe te quero, Ó corsário malvisto
Entretanto te chamo, que enfrente tal sorte
Sem a amada pra amar, vou contigo Mefisto.
Pois a face da morte eu jamais temerei
Quando deita e adormece em meu peito em apuro
Quando os olhos da amada nos meus repousar
Caso a vida lhe falte, meu amor, eu te juro:
Que vivendo sem ti, morrerei pra te amar
E morrendo contigo, eu porém viverei.
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