quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Soneto da vida ou da morte (depende de ti)

Para minha amada,
na vida ou na morte.


Um presente divino de seda mui fina
Por mulher consagrada, tecida e bordada
E no ventre gerada, dos vivos é sina
Sem sentido, vos digo na falta da amada.

Ao contrário da vida, desgraça de morte
Para longe te quero, Ó corsário malvisto
Entretanto te chamo, que enfrente tal sorte
Sem a amada pra amar, vou contigo Mefisto.

Pois a face da morte eu jamais temerei
Quando deita e adormece em meu peito em apuro
Quando os olhos da amada nos meus repousar

Caso a vida lhe falte, meu amor, eu te juro:
Que vivendo sem ti, morrerei pra te amar
E morrendo contigo, eu porém viverei.

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