sexta-feira, 30 de maio de 2008

Desabafos Climáticos - O fim da Viagem?





"Vento de maio
Rainha de raio
Estrela cadente
Chegou de repente
O fim da viagem

Agora já não dá mais
Pra voltar atrás
Rainha de maio
Valeu o teu pique
Apenas para chover
No meu piquenique
Assim meu sapato
Coberto de barro
Apenas pra não parar
Nem voltar atrás

Chegou de repente
O fim da viagem
Agora já não dá mais

Vento de raio
Rainha de maio
Estrela cadente
Chegou de repente

O fim da viagem
Agora já não dá mais
Pra voltar atrás
Rainha de maio
Valeu o teu pique
Apenas para chover
No meu piquenique

Assim meu sapato
Coberto de barro
Apenas pra não parar
Nem voltar atrás
Rainha de maio
Valeu o teu pique
Apenas para chover

E se eu escuto no rádio do carro
A nossa canção Sol, girassol E meus olhos abertos
Pra outra emoção
E quase que eu me esqueci
Que o tempo não pára
Nem vai esperar

Vento de maio
Rainha dos raios de sol
Vá no teu pique Estrela cadente
E até nunca mais
Não te maltrates
Nem tente voltar
O que não tem mais vez
Nem lembro o teu nome
Nem sei Estrela qualquer
Lá no fundo do mar
Vento de maio
Rainha dos raios de sol"

(Telo e Márcio Borges - vale a pena ouvir as gravações da Pimentinha cantando essa música)





Despedem-se os Ventos de Maio. Ainda que possa haver Vento de Maio em qualquer mês com notas de outono.
Mal há outono no Brasil. Ventos secos na Metrópole Paulistana, a umidade que vos fala é da alma.
A Alma de Maio não se despede. O reinado dos raios sem chuvas permanece, muralhas de pedras cobertas por margaridas. Bucolismo intrinseco das almas cibernéticas das grandes cidades.
Acidente que se chegue junho. Que se faça quase o inverno dos Trópicos a ilusão de frio que as almas alheias ao gelo sentem.
Alheias ao gelo, fisicamente falando. Talvez em Alma, de qualquer tempo, saibam o que é gelo. As almas de Maio: convivência do gelo imaginado, da umidade de sentimentos, e talvez de um congelamente em estagnação que convida a querer ir além.
Espero que fiquem o Ventos de Maio. De qualquer modo, tenho de dar as boas vindas às Frentes Frias de Junho, com cachecóis, gorros e esperanças.

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