quarta-feira, 11 de julho de 2007
Como queria falar espanhol!
Se a mim fosse imposto
O pesado fardo de escolher
Uma das irmãs do sul a desposar,
Decerto, a que canta sua beleza
E somente a cada quatro anos
Reúne-se com seus filhos
Não seria a mãe dos meus!
Engana-se o precipitado
Desprezo, nunca o tive
Nem sou Judas a trair.
Em verdade vos digo:
Sinto-me a ser beijado
Pela mais bela camélia
Que uma vida de silêncio
Pode pagar.
Em Sua vontade
Não a hei de questionar
Quis Nosso Senhor presentear-me
Com a letárgica paixão
Sem esquecer de castigar-me
Com a maldita consciência
Para que lembrar eu possa,
Até que a morte nos separe
De que amo a que não tenho
E deito-me
Com quem não amo.
Sofro ao som do tango.
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