Sarjeta
cinzenta, concreto suspiro:
travesseiros de pedra,
corpos estendidos.
Livre escolha imposta
da liberdade marginal
não ter de ser
por não poder ser.
- E mãos atiradas às moedas
doídas de pedir e de viver.
...
Cheiro paulistano
dos corações arrebentados,
amarelo sujo
de corpos cansados
e almas caladas.
Canção empoeirada
de mortes ignoradas.
Tanto se canta tão mal
aclamada
miséria das ruas,
tão comentada!
(miséria das vidas:
...
maldição ignorada.)
cinzenta, concreto suspiro:
travesseiros de pedra,
corpos estendidos.
Livre escolha imposta
da liberdade marginal
não ter de ser
por não poder ser.
- E mãos atiradas às moedas
doídas de pedir e de viver.
...
Cheiro paulistano
dos corações arrebentados,
amarelo sujo
de corpos cansados
e almas caladas.
Canção empoeirada
de mortes ignoradas.
Tanto se canta tão mal
aclamada
miséria das ruas,
tão comentada!
(miséria das vidas:
...
maldição ignorada.)
Tenho minhas dúvidas. Não sei se esse é um bom poema, mas foi o primeiro que me veio a essa cabeça de vento quando pensei em postar algo neste blog. De fato, não me importo em pisar aqui com pé esquerdo, já que a confusão que acabo de escrever foi colocada em papel por uma mão também esquerda. E se piso no terreno dos Arautos da Má Notícia, antes de esparramar qualquer coisa flor, deixo um pouco dos agouros ruidosos da minha rotina.
Por enquanto me despeço. Até mais!
2 comentários:
Trata-se de uma canção de zoológico ou de circo (ao melhor estilo "freak show").
Há-de propagar infinitamente, inércia dos diabos.
Um quadro de Dali
Cara, acho que nem Dali imaginaria uma coisa tão "freak" quanto o nem tão bom e velho centro de São Paulo.
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