segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Soneto da Incompreensão


Oh, que loucura tem essa mulher?
Diz asneiras.. que não posso senti-la...
Ouço, onusto de uma dor beluína,
Que os frutos deste amor não vou colher!

Ah, soubesse ela como é bom viver,
Ter prazer sendo a minha alta pupila...
Que amor vivido assim jamais oscila,
E nem quando há um atro anoitecer!

De tudo o pior é: me ama também...
E não poderei jamais possuí-la?
Ah, pudera eu lhe mondar o desdém!

Agora o tempo cheira a despedida.
Como um cadáver pálido, porém,
Digo adeus sem volta: sou um homicida!!

Beteto 17/06/2007.

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