terça-feira, 26 de maio de 2009

Dando (e tirando) as caras e os tapas e as caras aos tapas!

Este blog ainda existe. Não é uma construção abandonada, ou um prédio antigo esquecido. Da minha parte (e aposto todas as minhas felizes figurinhas que o mesmo vale para os também desaparecidos Dom Diogo e Beteto), falta tempo, não vontade. A bem da verdade, falta tempo para mim mesma, porque não consigo mais fazer uma das coisas de que mais gosto: escrever! Gosto não é sinônimo e êxito, e é essa a razão do meu sumiço.

Quando falei da parafernalha política desse mundo de meu deus (e sabe-se lá que deus é esse!)em janeiro, disse que esse ano parecia começar pelo fim. Mal imaginava eu que seria assim também naquilo que dizia respeito a mim. Estamos prestes a pendurar as bandeirinhas coloridas de junho, e ainda estou com a ressaca do ano novo. E o pior é que a festa nem foi tão boa assim.

Mas não interessa aqui que eu diga que muito do que se passou entre os números do calendário dos últimos meses foi o oposto ao que eu chamaria de festa. Resumo tudo em uma palavra que não me compromete demais: Amadurecimento. Capaz de despir todas as minhas auto ironias - todas, mas não totalmente, já que aqui é justamente o lugar dela.

Isso, às vezes. Há momento para compartilhar alguns sentimentos que me parecem bonitos. (Poesia? - pelo menos tentada). Algo que não seja segredo meu e só meu. Afinal, não é porque muita gente repetiu Pessoa que não me posso atrever a repeti-lo também (bons versos sempre caem bem!):

"O Poeta é um fingidor"

... o resto vocês sabem, não?

Eu não sei se sou poeta, mas também gosto de fingir. Então, vamos lá:

I (Sorrir....)

Não me espera,
não!
lá me vou
- três tanques de guerra
o grito -
eu peço:
Não me espera!

Amanhã
flores de dou
ao reu despertar
queres sol?
que não me estenda
a tua janela
entenda
- que te dou abraço
e me vou!

Mas não me esmpresta
furados teus
os sapatos que
não!
Não devolvo caminhos
(como, se não os tenho?).


Te converso
comigo somos
concreto e sal
afirmo em falta
tão próximas as ladeiras.

Mas não!
Não me empurra!
que esperar também...
melhor não
é soltar pipas.

Dorme!
E não me conta
absurdo teu!
- porque em outra
linha sonho
ainda com o meu.

II

Querer-te
pra mim
egoísmo
de abraço
ter-te por todo
enquanto eu
fizer-me da
tua ânsia
parte.

Abraçar-te
antes
que te vás
já será
tempo pequeno
para ficares.

Permaneço
em antecipar
tua ausência logo
que partindo


eu vi pássaros azuis.