domingo, 21 de setembro de 2008

Divagando um pouco...



De vez em quando é bom sorrir uma música. Como dizer uma frase sem sentido e sonhar que é poesia.
Ás vezes é bom comer um pouco de sonho.
Dizem por aí que é indigesto. Sinto informar, tenho ótimo estômago. E mãos grandes.
Gosto de sorrir melodias. Melodias não são apenas sons largados. São sons conversando entre si, em uma variável que envolve tempo: ritmo!
A intensidade. Aí, já uma questão de capacidade. Quem seria capaz de chorar quando o tom for menor? Maior é fácil que eu dê a minha gargalhada.
Estou sonhando em fazer poesia, apenas para perder um pouco de tempo. Tempo!
Bom ter algum tempo de solidão, para digerir uma boa música, que em sonho bons estômagos serão capazes de sorrir. Mas esse tempo não pode ser infinito: ou quem poderá ver o sorriso da música sentida quando se estava só?

...

Sugestão: Assistam Na Natureza Selvagem ("Into The Wild"). Detesto quando dizem que se tem que gostar de alguma coisa - ainda mais quando essa alguma coisa pende a intelectual. Então, não vou dizer "adorem Na Natureza Selvagem", mas apenas assistam, isso não me custa pedir!

...

Ás vezes para mim música, mesmo sendo triste, é sinônimo de felicidade! E "happyness only makes sense when it's shared", ou a mesma coisa em palavras um pouco diferentes.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Os diários de Orwell

Achei algo bem interessante e desconhecido por mim até então. Trata-se dos diários de George Orwell, disponibilizados em um blog pelo Instituto Britânico Orwell Prize. Pelo pouco que li, quase não reconheci o Orwell que me fez repugnante em "A revolução dos bichos". Depois dessa, sinto uma identificação (qual presunção a minha!) ainda maior entre os Arautos e este novo senhor (que ainda conserva um PH bem menor que 7).

O link: http://orwelldiaries.wordpress.com/

Abraços

domingo, 7 de setembro de 2008

Poema XXIV do meu Segundo Caderno



Quem me sustenta,
leve que tanto
não sinto,
me tocar a fuga
onde não fui a
pretensão de ser
só.

Não se pode ser
na ausência de sentir

tão leve o peito
pesa,

quase tanto
um abraço,
que escrevemos
nossa espiral
de nos voltarmos à surpresa de nós.

O que tem de
ser:

a suíte dos acasos

- me canta a tua
melodia -

nosso tema
tempo
se modifica,

e apagamos
a lâmpada

do abajour:

a borboleta voa,
insustentável leveza

de sermos.




(Só espero não ofender o romance com este poema: mas morri de vontade de escrever quando terminei de ler. Precisava, e não sei porque preciso mostrar esse monte de versos agora. Simplesmente me deu vontade: vou em frente!)