domingo, 7 de setembro de 2008

Poema XXIV do meu Segundo Caderno



Quem me sustenta,
leve que tanto
não sinto,
me tocar a fuga
onde não fui a
pretensão de ser
só.

Não se pode ser
na ausência de sentir

tão leve o peito
pesa,

quase tanto
um abraço,
que escrevemos
nossa espiral
de nos voltarmos à surpresa de nós.

O que tem de
ser:

a suíte dos acasos

- me canta a tua
melodia -

nosso tema
tempo
se modifica,

e apagamos
a lâmpada

do abajour:

a borboleta voa,
insustentável leveza

de sermos.




(Só espero não ofender o romance com este poema: mas morri de vontade de escrever quando terminei de ler. Precisava, e não sei porque preciso mostrar esse monte de versos agora. Simplesmente me deu vontade: vou em frente!)

Um comentário:

Unknown disse...

Por favor, um romance nunca se ofende por inspirar um poema, por pior que seja. E como, definitivamente, não é caso, muito pelo contrário, são belissímos versos, creio que vc deixará um romance feliz!

Abraço!