sexta-feira, 17 de abril de 2009

...




Quente a tua mão
na minha
o teu tempo
enlaçado ao meu.

Dividir dos mesmos
olhos
o mesmo sentir.

Ah, que vontade
do abraço
que não haverá
mais
ficarem cintilantes
as recordações
da voz o
doce entornar
das palavras assoprar
otimismo
escapa
dos olhos
lágrima.

Distante
a tua mão

da minha
semelhança
tocar o mundo
com dedos que
atentam aos tons
verdes de ser.

Dedos que não
cabem
à despedida
ainda que
se afeiçoem
na tua ausência
essas

Saudades de Abril.






"O inevitável dá as caras de vez em quando. E a gente não tem como deixar de lamentar que seja assim - a humanidade pesa com o tempo. Ninguém descobriu ainda qual seria essa fuga que muita gente deseja desde sempre, e que eu desejaria ter agora (se ela fosse possível): Sendo assim, pois que se aceite assim.
Tudo bem:
Alguma coisa me diz que não é isso o que importa: o limite carnal do tempo não pode restringir a poesia que transcende pela alma."




- Para o meu avô, Fioravante Sarti, o 'Vô Fiore'. Quem teve a sorte de conhecê-lo sabe, um Iluminado: sempre!

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