segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Pouco seria se eu te beijasse inteira

Pouco seria se eu te beijasse inteira,
Pouco seria se eu te amasse demais,
Pois cada vento que sopra me cheira
A eternidade só nossa e de ninguém mais...

E cada vez que eu te vejo na beira
Dessa estrada que deixamos pra trás,
Nada penso de além que tu me queiras
Como o homem dos teus sonhos e de ninguém mais...

E assim, a minha volta encarna o teu desejo,
Ilha sepulcra de tudo o que tenho feito,
Medo onusto que entoa todo o meu latejo,

Desfigura nossa alma por dentro do peito,
Não só meu, mas também teu, quando não te vejo
Lá, no enlaço dos meus braços em nosso leito.

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