sexta-feira, 13 de julho de 2007

A canção dos desabafos

Cansei de amar e recitar paixões,
Viverei na clausura de meu ser,
Trancafiado e preso a grilhões,
Esperando a vida anoitecer,
Mas a noite é festa, alegria,
Odeio-me por não merecer
Desfrutar do amor que um dia
Fez-se em mim todo crescente.
E em mentiras o amor crescia
E em verdade ele era ausente.
Já desisti de chegar à vitória
Tornei-me todo descrente,
Sem mérito ou glória,
Sem piedade da vida,
Dura vida simplória,
A qual sinto partida.

(Poema de 2002)

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